sábado, 10 de maio de 2008

A Physis - cá entre nós
por Aline Yasmin
“E aí queridona? Chove em sampa torrencialmente. Delícia de chuva. Não inundasse a casa de milhares e eu diria que amo quando isso ocorre. Mas não vou mentir pra você! Gosto muito. De madrugada a chuva com raios e trovões fez o prédio inteiro olhar pela janela. A minha cabeça com olhos sonados era só mais uma em meio a tantas. Será que o mundo acabaria? Se tivesse acabado naquele momento, eu morreria feliz e leve, viraria chuva. Vez em quando, penso que a morte não é um fim, é um começo, vamos virar vento, fazer furacões, virar água, fazer tempestade, virar mar, virar terra, virar ar...” vini

...

“...Querido, não devo esconder que a chuva também me invade. Às vezes me culpo pelo meu prazer e desprazer de tantos. Mas, é sempre assim - não? Sim, eu sei como uma filha de Iansã, rainha dos ventos e das tempestades, que somos fluidos, somos o que não se pode conter. Ventamos, nevamos, explodimos em calor e energia. O céu, o cosmos, o mar que às vezes se zanga e escurece e outras sorri, azul - tão azul, que penso estar na lua...”yasmin

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