terça-feira, 25 de setembro de 2007

Pirataria pode?

De Bruno Vaks

Já esta ficando chato. Todo lugar que eu leio, todo o lugar que eu vou, tem alguma coisa relacionada ao filme que ainda não estreou. O já consagrado blockbuster brasileiro “Tropa de Elite”. Nunca vi coisa igual. Aqui ao meu lado, estão assistindo nesse momento. Meu pai se rendeu aos apelos uníssimos da rua Uruguaiana e trouxe um exemplar para casa. Todos já viram e comentam. Menos eu.

Daqui a pouco não vou conseguir nem olhar para o filme de tanta ojeriza que criei dele. Dizem que está muito bom, que as interpretações estão sensacionais. A polícia briga com os produtores por uma fatia de mercado. Os produtores brigam com os camelos que estão vendendo o filme pirata e por aí vai. Calorosas discussões tomaram corpo sobre a pirataria. Uns são contra, outros a favor. Outros são chamados de hipócritas. Outros de modernos, antenados e por aí vai.

Eu, nesse caso, estou no grupo dos hipócritas. Digo isso, não porque seja um, pelo contrario, mas na questão do filme, sim eu sou. Se agüentar, irei assistir somente no cinema, mês que vem. Não me renderei à pirataria. Vou lá e deixarei meu dinheirinho para a indústria e seus investidores. Ainda não consegui parametrizar o meu patriotismo cinematográfico, porque não tenho dó em baixar as mais diversas musicas da internet. Alias, nem me lembro quando comprei meu ultimo CD. E agora estou esbravejando contra a pirataria. Sou adepto do livre comercio dessas mercadorias. Escuta-se o som quanto quiser e o quinhão dos artistas viria de outras coisas, como aparições publicas, propaganda, shows, shows e shows

A música seria como um “comercial” do artista podendo ser “degustada” em show. O artista ganharia por ter sua obra vista ao vivo. Lá ele sentiria a emoção que o publico tende a sentir quando vai para esses eventos. No mais, tudo é valido, pois o que globalizou, já era.

Então aproveite que a maré está boa, se encha de conhecimento, já que o futuo a d´s pertence.

Um comentário:

Simone Couto disse...

Bruno, sou como vc, prefiro o cinema, mesmo que nnao possa acompanhar a conversa animada e cabeça dos apressados.